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 The Cure- Fanfiction - cureslash, part 1.

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kissmekissme
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MensagemAssunto: The Cure- Fanfiction - cureslash, part 1.   The Cure- Fanfiction - cureslash, part 1. EmptyQua Ago 17, 2011 2:22 pm

Título: Quando eles descobrem os fanfictions escritos pelos fãs

Fandom:The Cure

Tipo: por capítulos

Gênero(s): slash

Pairing(s): Robert Smith & Simon Gallup

Classificação: PG- 17

Avisos: As cenas de sexo são bem explícitas, mas aparecem apenas no último capítulo. É um texto para amantes da leitura. Não contém toda a dignidade literária desejada, mas tenho certeza que, para os que gostam de ler, mesmo os que não são fãs da banda, será um bom pedaço de emoções gostosas.

Sumário: Robert e Simon, após quase vinte anos de idas e voltas (segundo outras fanfics do gênero), quando já não fazem mais amor, acabam descobrindo e lendo os contos homoeróticos dos fãs. Isso faz com que retomem a relação. Detalhe: como os personagens são homens já em idade experiente, como eu disse antes, terão um sexo bem real e natural, bastante explicito. Condenem-me, mas algumas perversões, para mim, são sempre bem vindas.

Disclaimer: Nada do que foi escrito é real (até onde sabemos). Apesar dos personagens utilizarem nomes de pessoas reais, o que vale é o jogo e a imaginação. Não possuo, obviamente, nenhum direito sobre o nome o banda ou de seus membros. Gostaria que fosse lido como literatura homoerótica (slash), independente dos nomes dos artistas que me aguçaram a imaginação.

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PARTE 1 – A CHEGADA

Simon precisava ver o amigo. Aliás, as coisas estavam tão certas, tão perfeitas, tudo no lugar... Somente voltando aos bons tempos de confissões com Robert é que poderia entender o porquê de sua depressão, de sua ansiedade. Mas até isso era difícil, parecia que um tênue véu de afastamento os mantinha cada um no seu lugar, olhando. Mesmo quando se tocavam ou trocavam um furtivo beijo, desses que as crianças dão umas nas outras, enfim, mesmo assim, era como se estivessem longe um do outro. Não deixavam os olhos se encontrarem já há alguns anos. Tanto que às vezes até esquecia o olhar do amigo, perdido no tempo. Por várias vezes, teve de vasculhar as gavetas atrás de fotos antigas para conseguir saber como eram: enormes olhos de prata que o afrontavam arrogantes e os quais ele adorava.

Pensava nessas coisas enquanto dirigia. À sua frente, somente a calma da estrada, sem muitos carros àquela hora da noite. Via casas ao longe, as luzes acesas, o cheiro constante de algum tipo de vegetal ou erva, não sabia dizer o que era, botânica nunca foi seu forte, mas tinha certeza de que maconha não era – riu com o pensamento, sentindo-se muito livre e independente, uma solidão que gostava muito. Logo chegaria à Bognor, estava quase entrando na cidade. Resolveu parar no que parecia ser um pequeno bar na beira da estrada. A calma inicial parecia começar a se dissipar e não sabia o porquê... Pediu um café para acompanhar o cigarro. Melhor evitar álcool, chega um momento em que estar de acordo faz-se extremamente necessário.

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Acabou pedindo o café em copo descartável para sair logo dali. Preferiu sentir a brisa noturna, não muito fria: apoiado no próprio carro, um copo de café em uma mão e o cigarro na outra, Simon olhava fixo para lugar nenhum. Os olhos de Robert eram a única coisa com que ainda lutava seu pensamento, e isso era muito. De repente ele via aqueles olhos e lembrava-se deles perfeitamente: às vezes pareciam esverdeados, no escuro amarelado de alguns bares, às vezes negros, quando no escuro ele gritava ou brigava com alguém, o que era raro, e sim, às vezes eram como o azul mais claro... Despertando-o no meio da tarde ou em raras manhãs... Para contrastar com o cinza lacrimejante dos momentos em que... – Fechou os próprios olhos apertando-os com força. Esfregou-os com as pontas dos dedos, como se fossem mágicas borrachas capazes de impedir a memória, esburacando-a. Pensava que havia esquecido... Tragou com força. Olhou o relógio, 21h27’. Cedo. Ainda tinha uma meia hora de viagem, não tinha pressa. Ainda lembrava-se disso: Robert James Smith nunca dormiria tão cedo. De fato, tinha até a madrugada para chegar e sua chegada assim, tão cedo, seria uma surpresa para Robert.

Entrou no carro com o mesmo pensamento: a surpresa. Havia muito tempo que não aparecia assim sem avisar. Quanto ao lar que deixara naquele momento, apreciava uma calma boa e cansada, até mesmo entediante. Não era mais questionado quanto a ir e vir, tudo estava em ordem. Amava a esposa e os filhos, mas nunca pode negar em sua alma aquela sensação de bom prisioneiro que agora, neste momento, estava livre por bom comportamento. Custou tanto tudo isso. Valeu a pena. De repente, viu sua atenção tomada por uma curva acentuada, ao terminar o contorno, as luzes de Bognor lhe sorriam assustadoramente próximas, trazendo a sensação de que, apesar de toda a ordem estabelecida, algo restou do caos, algo que ficou escondido de si mesmo, em algum lugar onde sentia medo e vergonha. Seguiu infinitamente reto, até chegar às ruas centrais da cidade. O nervosismo que antes parecia uma agonia breve tornara-se enorme, insuportável. Sentia que suava nas mãos um pouco e não gostava nada disso. Mais uns minutos e estarei lá, pensou. No peito, um ritmo um tanto descompassado, ia aumentando quanto mais sentia a brisa marítima. Fechou as janelas, a maresia era evidente, uma corrente elétrica no ar, algo corrosivo e, ao mesmo tempo, bonito. Mas isso tudo o cansava, os olhos cinza brilhavam húmidos agora, insuportáveis em sua mente, indo e vindo, entrecortando a visão e introduzindo-se no quadro a quadro das imagens que via em sua frente, nos lados, pelo retrovisor.

Parou em frente ao portão e ficou olhando, buscando a calma que sentia sempre que ali chegava. Local conhecido, quase cotidiano. Conhecia tudo lá dentro, os móveis, as cores, Mary. Sim, Mary quase sempre estava por perto. Encantadora, belíssima, charmosa, complacente. Esse pensamento o acalmava. Era isso, bateriam um papo, ele diria que apenas precisava conversar um pouco, algo do tipo terapia de grupo, mas já que não tinha um grupo, a amizade entre os dois poderia se tornar mais próxima novamente. E por que não? Beberiam algo, conversariam um pouco, ele procuraria um lugar para passar a noite... Evitar intimidades demais, pensou. Não estava ali como sócio ou a trabalho, limites evitariam incidentes indesejáveis... Que incidentes? – As luzes da frente, algum movimento – Que incidentes seu imbecil? Nunca houve nada, não há nada! – Um som no portão que começava a se abrir – Será que ele virá abrir a porta? Ou Mary? Algum empregado? – O portão quase completamente aberto – Como souberam que era eu? Não usei o interfone? Não liguei? Teria ele visto e reconhecido o carro por detrás de uma das janelas mal iluminadas? – Um som de encaixe, o portão estava aberto. Respirou fundo e começou a dirigir, enquanto se aproximava da entrada, viu um rosto enorme por trás de uma das janelas da sala principal – Sim, ele soube. Robert viu o carro aproximando-se do portão, como se sentisse. Entendeu que nunca precisaria bater naquela porta. Aqueles olhos sempre o receberiam de portas abertas.

Simon estacionou perto da porta principal e, antes que chegasse até ela, viu que se abria. Robert saiu sorridente. Seu cabelo parecia pouco, comparado ao que mostram as muitas fotos espalhadas por aí, pelo mundo. Trazia-o em boa parte amarrado atrás de sua cabeça, e um emaranhado caótico atrapalhava a face, cobrindo as orelhas. Um pouco do vermelho de seu batom cotidiano ainda resistia nos lábios, mas era apenas isso. Um Robert sem excessos, privilégio de poucos. Ainda assim, também era comum vê-lo sem o batom, o que o deixava, por vezes, confuso. Aproximou-se lento e, sem avisar, foi engolido por um abraço forte, macio. O casaco cheirava como sempre, algum perfume só dele, a maciez comum das roupas dos dias mais frescos, ou frios.

- Simon! Que bom que veio! – Deu um beijo muito próximo de sua orelha.

Simon evitou pensar no que estava acontecendo, apenas deixou ser. Foi se desvencilhando leve.

- Um pouco surpreso? – mãos dadas. Simon pensou por um momento que poderia soltá-lo, mas não fez nenhum movimento.

- Na verdade, sim. Mas é bom que tenha vindo. – Soltou a mão. Soltou a minha mão. Simon sentia tudo.

– Vamos indo, está um pouco frio. - Robert o chamava como sempre, um sorriso amigo e um conforto em sua voz.

Os dois entraram na sala principal, muito iluminada. Aquele clarão revelador e nu durou pouco, pois Robert apagou a luz principal, assim que seu corpo se iluminou por completo, deixando permanecer apenas duas luminárias acesas, em cantos opostos. Tudo muito arrumado, apesar de duas xícaras estarem mal postas sobre a mesa baixa no centro da sala, sobre alguns livros e papeis borrados e manuscritos, uma caderneta, folhas impressas. Simon olhou pra tudo sem demonstrar interesse, embora estivesse investigando. Caminhando pesadamente, a coluna muito ereta, Robert se dirigiu para um dos sofás e pegou uma almofada que se encontrava ao lado, junto a uma caixa pequena de papel, comprida e rasa, um pouco amassada. Num gesto lento, ergueu a almofada e colocou-a no sofá. Pegou a caixa e olhou para Simon.

- Sabe, estava mexendo na velharia. Fotos. Acho que o momento não poderia ser mais oportuno. Eu pensava mesmo em você antes de você chegar. Puta coincidência. – Riu baixinho.

Simon em pé, ali, sentindo-se mais pesado que o outro, como se tivesse os pés presos em lama. Olhou para ele paralisado. O que estava acontecendo? Por que sentia a opressão de uma criança diante de um agressor? Era como se Robert o quisesse envolver em alguma coisa. Olhava atônito, procurando uma saída. Achou.

- E Mary? Queria dar um abraço. Ainda há poucos dias nos vimos, mas mesmo assim – pigarro – mesmo assim ainda queria vê-la.

Robert ajeitou a tampa amassada da caixa, tentando fechá-la completamente. As duas mãos enormes. Simon viu, ele havia se machucado, um leve inchaço no dedo anular da mão esquerda, acima da aliança de casamento. Olhou o rosto do outro, as sobrancelhas levemente cerradas. De repente foi fustigado por olhos questionadores. Sentiu uma formação excessiva de saliva em sua boca, engoliu suavemente. A penumbra em que se encontravam o deixava tímido, com medo.

- Mary não está. Não tenho muita certeza. Parece que chega depois de amanhã. - Fechou-se para não dar maiores explicações, e acrescentou malicioso: - Viu, estou sozinho... Quer dizer, agora não estou mais.

Disse isso e riu. Um sorriso enorme. Segurou a caixa com a mão esquerda e chamou-o com a outra. Rindo sempre.

- Vamos subir. Você não vai acreditar no que eu encontrei. Fiquei um pouco entediado – Dizia enquanto subia as escadas, Simon seguindo, quase ao lado, deixando a mão deslizar no corrimão, degrau por degrau, bem devagar. As orelhas são realmente grandes. Simon via através dos fios de cabelo, estavam muito próximos, os dois. Era estranho como de perfil, aquele rosto enorme achatava-se, mesmo assim, talvez por estar acostumado, talvez por que era o que sentia, achava bonito. E movia-se, articulava-se para deixar aquela voz mais do que agradável tomar o ar, fluir... E continuava – Cansei do estúdio e resolvi ler. Queria algo divertido e pensei que seria muito, mas muito divertido, vasculhar a internet. Sabe, algo como ... apenas saber o que os fãs andam fazendo. Foi um enorme trabalho, fazer contas falsas aqui e alí... Sei que acha isso ridículo, mas todos temos nossos momentos. E valeu a pena, você não tem ideia das coisas que encontrei.

- É mesmo!? Sobre a banda? Fofocas? – Simon não conteve uma gargalhada – Que absurdo! Agora eu percebo o absurdo! Com tanta coisa para fazer, Robin. Faça-me o favor!? E eu aqui querendo dividir coisas de adulto com você!

Estavam no topo da escada agora. Robert parou e olhou para Simon, os olhos muito abertos. Estavam azuis como o céu das manhãs, Simon não pode deixar de perceber. Era a luz clara e tênue do corredor? Não, era a camisa também azul sob o casaco, apenas uma amostra. De repente percebeu que estavam sozinhos. Arrependeu-se de ter falado daquele jeito.

- Desculpa, se quiser podemos voltar, vamos p’ro bar, vamos beber algo. A noite não é das mais bonitas, mas baixo as cortinas. Não gostei deste dia, é o clima, – enquanto falava, afastou-se e, depois de três ou quatro paços à frente, soltou a caixa em um bonito aparador provençal, muito a seu gosto... - a noite me parece pesada, não me sinto bem. Acho que por isso fiz essa idiotice... E ...
Virou-se, ia continuar...

-... Não!

Simon interrompeu brusco, notando algum nervosismo já. Alguma afetação entre os dois, o jeito muito singular no falar de Robert, esse jeito que só ele conhecia, expressão demais, o vocabulário ia se adensando, alguma afetação, ele sabia, melhor evitar, não podia tirar esse objetivo de sua cabeça, melhor evitar, repetia para si mesmo.

– Não, se é algo para rirmos, vamos rir primeiro. Não me leve tão a sério. Até parece que não nos conhecemos. – Riu. Um sorriso breve nos lábios.

Viu que o outro se acalmava e continuou a andar. Sentia-se estranho. Como conseguia lidar com Robert, com seus humores, tantas brigas, discussões, levaram a isso... Tantas coisas ditas, tanto trabalho.

O corredor mal iluminado, apenas um porta aberta deixando a luz destacar-se no tapete logo em frente. Simon conhecia aquele quarto muito bem. E sentiu muita vergonha de ter pensado nisso. Sentiu culpa também. Fechou os olhos um momento – não quero entrar alí, faz tempo que não entro – pensou – não posso. E estamos sozinhos. Tenho de acreditar que esqueci ou que vivi outras coisas, não as que insistem na memória. As coisas estavam tão bem, tão limitadas, por anos, somente as outras peças da casa. Mas era exatamente para aquela luz que Robert se dirigia, sem culpa, sem medo, sem timidez ou remorso. Apenas algo comum, sua vida, seu dia-a-dia, seu quarto.

Continua...
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