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 The Cure- Fanfiction - cureslash - part 3

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kissmekissme
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The Cure- Fanfiction - cureslash - part 3 Empty
MensagemAssunto: The Cure- Fanfiction - cureslash - part 3   The Cure- Fanfiction - cureslash - part 3 EmptyTer Ago 23, 2011 1:11 pm

Título: Quando eles descobrem os fanfictions escritos pelos fãs

Fandom:The Cure

Tipo: por capítulos

Gênero(s): slash

Pairing(s): Robert Smith & Simon Gallup

Classificação: PG- 17

Avisos: As cenas de sexo são bem explícitas, mas aparecem apenas no último capítulo. É um texto para amantes da leitura. Não contém toda a dignidade literária desejada, mas tenho certeza que, para os que gostam de ler, mesmo os que não são fãs da banda, será um bom pedaço de emoções gostosas.

Sumário: Robert e Simon, após quase vinte anos de idas e voltas (segundo outras fanfics do gênero), quando já não fazem mais amor, acabam descobrindo e lendo os contos homoeróticos dos fãs. Isso faz com que retomem a relação. Detalhe: como os personagens são homens já em idade experiente, como eu disse antes, terão um sexo bem real e natural, bastante explicito. Condenem-me, mas algumas perversões, para mim, são sempre bem vindas.

Disclaimer: Nada do que foi escrito é real (até onde sabemos). Apesar dos personagens utilizarem nomes de pessoas reais, o que vale é o jogo e a imaginação. Não possuo, obviamente, nenhum direito sobre o nome o banda ou de seus membros. Gostaria que fosse lido como literatura homoerótica (slash), independente dos nomes dos artistas que me aguçaram
a imaginação.


NOTA DO AUTOR: O TEXTO EM ITÁLICO E SEM PONTUAÇÃO FAZ ALUSÃO À ESTADOS SUBJETIVOS INTERIORES, REPRESENTAM AS EMOÇÕES NO INCONSCIENTE DOS PERSONAGENS.


Parte 3 – Um e o outro: ambos.

Simon (inside):

Andando na chuva com o coração de um louco em plena década de 80 quando tudo ainda era possível por isso deixou acontecer não pensou nas consequências da noite de gemido sussurros e espasmos não pensou no suor dos corpos nem mesmo imaginava que o dia seguinte seria chuvoso e que sairia sozinho pelas ruas a cara encharcada de prazer desejo angústia dúvida solidão somente aquele calor no corpo gelado e molhado somente a insuportável implosão de tudo o corpo uma bomba gelada tudo implodindo por dentro dele e a boca secando a água da chuva caindo e a boca seca procurando em uma garrafa de whisky sem rótulo e quase vazia alguma coisa pra saciar a secura da boca que em minutos queriam novamente aqueles beijos e procurava manter-se bêbado para poder se equilibrar no que sentia por que o corpo já não sabia se pertencia a ele mesmo apenas sentia ferver gelado o coração dentro do peito como uma dor espasmódica como se a chuva estalasse e provocasse rachaduras em suas certezas e os olhos e o nariz ardendo por dentro como se estivesse cansado e apertava os olhos e lembrava do corpo do outro sobre o seu corpo e a língua do outro queimando a pele despertando o que ele nem sabia e não pode nunca saber se o odiava ou se o amava profundamente mas sabia que ** esse homem de nome tão simples tão cotidiano seria sua nova droga porque seria sempre assim ele iria querer mais soube enquanto se apoiava nas paredes duras e molhadas ele sabia que iria querer arder com aquele homem dentro dele de novo ouvindo-o gemer e dizer aquelas coisas que somente ele sabia dizer o poeta o músico cheio de ideias o menino arrogante gemendo e pedindo pelo seu corpo numa urgência sem pressa os carinhos demorados os entrelaçamentos sufocantes e ele sabia que de novo teria a chuva a implosão gelada as rachaduras na consciência a solidão do depois mais glorioso e mais necessário que aqueles nacos de pó branco que o alucinavam aquele homem o alucinava em sua fome de adultério de amor desse tipo de amor que tende a doer sempre porque sempre deixaria um rastro de erro em algum lugar um tipo de erro que se solidifica no peito e fica incrustrado lá sem poder ser removido e pediria desculpas para si mesmo mentiria faria qualquer coisa para não ter de mexer na ferida fechada dentro do peito só mesmo aquele homem que ele amou e amaria poderia abrir as fendas sem que doesse tanto e a solidão dos dias e das horas longe dele ** solidificando aquele nó porque ele não sabia que iria se sentir tão só e tão faminto longe do outro e ao mesmo tempo tão perto como se tudo fosse nada de repente nem filmes nem as músicas que amava nada havia que ele não pudesse impregnar e procurava fugir daqueles olhos daquele corpo que as mãos conheciam e que ia se adensando por que ele era o excesso de tudo e agora que estava assim sereno e pesado mais o puxava para perto como imã...

“Se eles soubessem como foi realmente... Tão calmo...”

A voz de Robert vagava sussurrante no ouvido Simon que, deitado naquela cama que aos poucos o ia excitando pelas lembranças, tentava se preparar buscando força para... Entregar-se? Negar-se?

Sangrara tanto na distância pela qual havia decidido porque aquele amor só fez tudo virar pó e ele não podia ele tinha de ser o homem de mulheres que também amava e o pai dos filhos sementes que também por amor plantara e não entendia aquele vício sabia apenas que deveria recusá-lo e cuidar para que o outro não mexesse na sua ferida para que não removesse o grosso medo e o denso orgulho de homem que havia fabricado para fechar aquela dor enclausurada já no peito pela sua solidão mas o que não sabia também o que nunca pode saber é que chegaria o dia em que compreenderia que o amargo do outro era o doce em sua boca o doce da boca dele** e o doce do sexo daquele homem junto ao seu sexo também de homem e agora ele só conseguia querer agora maduro agora talvez cansado...

Simon sentiu que estava cansado, que queria abraçar Robert e fazer amor. Abriu os olhos e respirou profundamente retirando de si um peso profundo, o peso de anos de busca e necessidade... Mas ainda algo o fazia tremer: E se ele não quiser? Pensou. E se estiver apenas brincando?

Esses pensamentos não doeram muito. Já não importava, ele sabia o que queria. Sentou na cama e pegou o maço de papéis impressos. Olhando para eles, sentiu-se confortável e um sorriso lento tomou os seus lábios...
Será que quando duas pessoas se envolvem e desejam o mundo todo pode sentir? Se dependesse do que sentia agora se dependesse de sua urgência a resposta seria sim ele nunca pôde realmente negar e esconder ele nunca pode deixar de olhar para o outro sem que o estivesse desejando...

- Desgraçado... – balbuciou para si mesmo enquanto se dirigia para a porta do quarto, levando consigo aqueles contos ficcionais dos fãs que, de alguma forma, revelavam seus segredos...



Robert (inside):


Ele havia se escondido desde a manhã e o dia já estava se acabando e pelas portas entreabertas da despensa podia ver o sol deixando a cozinha apenas um pequeno rastro muito tênue de sol ainda se mantinha através da janela aberta e de repente a voz de alguém ao seu lado relevando seu esconderijo “hey, você está aí, eu estava te procurando, por que você está aí? Quer nos matar de susto, quer?” Uma voz muito firme e ao mesmo tempo doce uma voz de mulher muito conhecida que sempre dizia para ele que tudo ia ficar bem “Não fique assim, tudo vai ficar bem, não tem por que se aborrecer tanto” e ela não entendia que ele não estava chateado apenas queria ficar sozinho porque se ficasse sozinho ninguém iria querer tirar nada dele e estaria seguro ninguém iria enganá-lo não podia lembrar muito bem o que era porque havia se decepcionado tinha algo a ver com as suas músicas com o modo como tocava ou cantava ou os rabiscos nos livros que lia escondido doía tanto e ele se lembrava daquele dia quando desejou desaparecer ainda ouvia os sons a televisão ligada na sala alguns risos ele gostava daquilo dos risos mas preferia ficar com o irmão que era muito mais maduro e esperto com aqueles filmes que assistia com imagens enormes um macaco jogando alguma coisa uma nave espacial noutros havia agressão ou pessoas muito tristes havia a violência ele gostava de tudo aquilo e ainda não entendia direito sentia que toda sua paz voltava quando ela lia histórias para ele dormir e ele a amava muito e não queria que nada mudasse e tudo parecia tão bom tão calmo e macio mas as pessoas o feriam e ele não entendia o porquê disso tudo apenas não queria que soubessem que ele se magoava por que sabia que eles não entenderiam, as irmãs passaram a entender com o tempo e as pessoas diziam que ele tinha que ter mais paciência mas ele sentia tanto ódio e tanta raiva quando tentava fazer algo e fracassava quando queria que o ouvissem mas não o escutavam então procurava se esconder e mentir até que descobriu que funcionava o modo como se escondia o modo como ria e como participava com os outros até que começou a apreciar a solidão como uma coisa boa e foi quando seu corpo começou a ficar disforme e começou a sentir um calor em seu sexo e olhava as meninas até que Mary chegou e o quis ela o entendia sem que precisassem trocar muitas palavras porque aquilo era amor entendeu que aquilo era amor e decidiu que queria ficar com ela e os dois estariam seguros sempre até o momento em que foi beijado por aquele menino que ele mal conhecia e então de repente explosões de tédio e de desejo ele queria mais ele queria ser um homem para uma mulher e para um homem e sentia-se possuído por tantas vontades e sensações mas nunca as negava por que “tudo acabaria bem” dizia a voz e ficava bem até o momento em que... Simon... Não pensava que poderia sentir mais do que desejo por alguém do mesmo sexo e se satisfazia apenas com seus pensamentos ele até disfarçou seu horror diante do que ia se tornando ao deparar-se com a imagem do outro e com os gestos pesados a mão desajeitada e grosseira espalhava o vermelho do batom em seus lábios e disfarçava nos olhos a sua maldade e os seus desejos e tudo ficaria bem e assim deveria ser mas de repente aquele homem era uma ternura que ele não conhecia e para ele queria mostrar tudo o que tinha dentro de si os medos as vergonhas as mentiras o seu fel e o seu carinho e eram tantas mentiras os fracassos e as vitórias queria que ele o admirasse porque eles eram tão parecidos os dois com as mesmas ideias as mesmas músicas sonhos filmes leituras os dois embriagados e o mundo era deles, sua menina não entenderia esse outro amor entre homens e essa necessidade do cheiro de outro homem e o cheiro de Simon não o deixava, e depois de beijá-lo a primeira vez escondeu-se como quando era um menino e a voz não veio tirá-lo do esconderijo apenas o outro pensou que ele havia trapaceado e não podia acreditar que foi ele a decepcionar alguém ou a deixar alguém com medo e sozinho mas é que não podia mostrar ainda tudo o que o outro significava para ele pois ele era bonito demais sua pele os pêlos de seu corpo demorou para sentir aquele corpo junto do seu mas logo resolveu deixar o seu esconderijo para sempre e teve coragem e apertou seus lábios e seu corpo inteiro junto do outro corpo pedindo mais e mais apertando os músculos nos braços arrastando-se sobre o abdômen rígido do outro até sugá-lo por inteiro sem nojo de nada sem medo sem repulsa ia cada vez mais fundo com a língua nos cheiros nos espaços mais escondidos entendia que estava deixando o menino para sempre sentia-se crescido homem feito dono de si e do corpo do outro um corpo tão forte como o dele não um cristal como Mary pois ele tinha que protegê-la mas Simon não eles não precisavam de proteção eles eram somente a entrega até que Simon decidiu ir se afastando simulando um desgosto amargo que ele até compreendia mas não ele não tinha o direito de deixar tudo o que eram inacabado ele não tinha o direito de negar-se dessa maneira...

Robert estava na sua segunda cerveja, esperando... Havia pego a caixa que havia deixado sobre o aparador e agora contemplava algumas fotos muito pessoais: Simon dormindo na única vez em que ele disse que o amava, porque sabia que o outro não ouviria e assim não correria nenhum perigo. Tirou aquela foto sem que o outro percebesse, o cabelo imenso espalhado sobre suas costas magras e firmes, o rosto de lado, a ponta do nariz - ainda podia ouvir a respiração tranquila. A palavra amor estava em seu pensamento, mas não tinha a coragem de pronunciá-la. Nunca teve. Talvez agora? Tinha elaborado um plano, tudo pensado para que algo dentro do outro despertasse de repente. Por que Simon não descia? Por que demorava tanto? Culpando-se? Por que agora? Agora que tudo já está legitimado e quase que acabado.

Soltou a cerveja na mesinha de centro da sala, sobre alguns papeis versos rabiscos partituras tentativas, e não se importava que ficassem umedecidos, gostava de ter de refazer, era sua liberdade: construir, desconstruir, construir novamente. Resolveu esperar algum movimento. Não iria se angustiar, não iria mais atrás de Simon, já havia feito o suficiente e tinha certeza de que o outro queria o mesmo que ele. Preferiu não cansar-se. Fechou os olhos, deixou pender um pouco a cabeça para trás, confortável... Abraçou seu próprio corpo e foi se entregando ao cansaço nos olhos, ao sono insistente.

Continua...

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