Título: 2012
Fandom: Tokio Hotel
Tipo: one-shot
Gênero(s): romance, fluff, slash
Pairing(s): Bill/Gustav; Tom/Georg (muito subtilmente)
Classificação: PG-13
Avisos: é uma one-shot normal pá!
Sumário: O mundo está a acabar...
Disclaimer: Os Tokio Hotel não me pertencem, mas a ideia sim
2012
“A Humanidade como a conhecemos está a acabar. Nos lugares onde deveria estar calor, o frio aumenta e os lugares onde as temperaturas baixas são vulgares, tentam agora combater as altas temperaturas. Em alguns outros lugares a chuva não pára de cair e o vento gélido já destruiu a maior parte das culturas por onde passa. Veneza desapareceu do mapa, tornando-se numa nova Atlântida. O deserto do Saara é agora um grande lago. A maioria dos países já teve que reconhecer novas fronteiras políticas. Milhões de pessoas perderam a vida devido à diferença climática e os refugiados aumentam de dia para dia, muitos deles trazendo com eles doenças facilmente contagiosas com estripes desconhecidas...” A mulher loira de um telejornal norte-americano foi substituída na televisão por um talk-show onde um homem exemplificava as suas ideias.
“Nós fomos avisados. Nostradamus previu isto, a Bíblia previu isto. Até a civilização Maia decidiu não colocar mais dias a partir do fim de 2012... O Mundo está a acabar e a culpa é toda nossa!” Bill desligou a televisão e bebeu um pouco da cerveja que tinha entre mãos, recostando-se no sofá e fechando os olhos por uns minutos. O mundo como ele conhecia estava prestes a acabar. A mãe dele estava em Magderburgo, a lutar com uma espécie de super-tornado que assolava a zona este da Alemanha, enquanto ele estava num qualquer hotel de cinco estrelas em França, onde não parava de chover há quase quatro dias.
Nem sequer lhe era possível estar com Simone! Toda a equipa tentou voltar para a Alemanha mas os aeroportos estavam fechados, muitas das linhas ferroviárias principais estavam alagadas e ninguém se atrevia a conduzir com um tempo tão instável. Eles ficaram presos em Paris onde viram o Sena a transbordar e a Torre Eiffel a abanar parecendo que ia cair. Tom e Georg chegaram a apostar que ela iria cair. Georg ganhou. A Torre mantinha-se em pé e Georg passeava-se agora com um largo sorriso pelo hotel.
- Hey, estás bem?! – Gustav perguntou sentando-se ao lado de Bill, que começava a ficar com uma dor de cabeça.
- A minha mãe ainda não telefonou... Sabes alguma coisa dos teus pais? – Indagou bebendo um pouco mais da garrafa de cerveja que tinha na mão, tentando ignorar a crescente dor a formar-se na sua testa.
- Ainda não... Eles vão ficar bem, vais ver! – Gustav respondeu com algo parecido a esperança na voz – Tudo vai ficar bem... – ele murmurou. Bill tentou ignorar esta última parte.
- Não sei, Gusti… - Bill suspirou – Do modo como toda a gente se está a sentir tornar-se muito difícil acreditar que tudo vai ficar bem!
Gustav manteve-se calado. Ele estava a tentar ser optimista em relação a tudo mas, os relatos pessimistas de que o mundo estava mesmo a chegar a um fim pareciam abalar os pensamentos de toda a gente.
No entanto, era possível que ele não tivesse nada a perder. O mundo estava a acabar e mesmo assim ele tinha medo de revelar os seus sentimentos em relação a Bill. Georg já tinha reparado. Tom também. Bill parecia o único que ainda não tinha reparado como o baterista se deixava arrematar apenas pela presença do rapaz de cabelo negro.
- Vou tomar um banho... – Bill disse pousando a lata de cerveja em cima da cómoda do Hotel – Fecha a porta quando saíres.
Bill entrou na casa-de-banho e começou a despir-se. A maquilhagem tinha sido substituída pelo seu look natural. O seu cabelo na maioria das vezes parecido à juba de um leão, encontrava-se para baixo e apanhado com um elástico. As skinny jeans que ele tanto se orgulhava de usar estavam agora a um canto da casa-de-banho, bem como a sweat-shirt que vestia. Soltou o cabelo, mexendo um pouco a cabeça para ajeitar os fios de cabelo entre os ombros. Entrou na banheira, onde a água quase a escaldar o recebeu molhando cada pedaço da sua pele.
Durou apenas meia hora, mas, conseguiu mesmo assim, sentir-se um pouco melhor. Do seu cabelo liso escorriam pequenas gotas de àgua para o seu tronco já molhado. Abriu a porta da casa-de-banho com uma toalha agarrada à volta da cintura. Gustav ainda estava ali, no seu quarto. Precisamente no mesmo sítio onde Bill o tinha deixado, antes de entrar na casa-de-banho. O vocalista ficou um pouco surpreso.
- Oh! Ainda estás aqui! – Bill disse agarrando um pouco mais a toalha para que ela não caísse. Sempre se tinha sentido um pouco intimidado quando ele e Gustav estavam sós.
- Eu... eu... – Gustav balbuciou. Decidindo não ligar às palavras, mas sim aos actos o rapaz loiro beijou Bill na boca. Pareceu-lhe algum tão impulsivo, que nos primeiros segundos pensou em afastar-se e correr dali para fora. Contudo, quando sentiu os lábios rebeldes de Bill nos seus, deixou de pensar. Os lábios de Gustav não descolaram dos de Bill durante algum tempo.
- Amh... – foi o único som que saiu da boca de Bill, quando parou de beijar Gustav. Ele olhou para o os olhos castanhos de Gustav, quase idênticos aos seus. Um toque de dourado brilhava nos olhos do baterista. Algo que Bill nunca tinha reparado antes. Mas verdade se diga, ele também nunca tinha estado tão perto dos olhos de Gustav.
- Desculpa – Gustav murmurou, coçando desajeitadamente o cabelo. Era óbvio para ele que aquela atitude tinha provavelmente estragado a relação entre os dois. Estava a preparar-se para sair, quando a voz de Bill o surpreendeu.
- Onde é que vais? – o rapaz de cabelo negro perguntou.
- Para o meu quarto... –
“Provavelmente matar-me”, Gustav pensou.
- Não, não vais! – o outro rapaz esclareceu. A toalha branca do Hotel que Bill segurava, estava agora no chão. Gustav quase abriu a boca de espanto ao ver cada pedaço da pele de Bill.
Gustav tirou o sorriso provocador que se encontrava nos lábios de Bill com outro beijo. Pegou no rapaz ao colo e levou-o até à cama. Bill por seu lado, já nu, tentava tirar a roupa ao rapaz por cima dele.
~**~
- Achas que vamos ficar bem? – Georg perguntou a Tom. Ambos estavam sentados no sofá do quarto do baixista, a olhar para a chuva que caía incessamente.
- Sinceramente... não – Tom disse – Mas acho que podemos aproveitar melhor os nossos últimos momentos! – ele acabou pondo um madeixa do cabelo castanho de Georg atrás da orelha. Os dois rapazes sorriram um ao outro.