Título: "Falling Away With You"
Fandom: Personagens originais e abstractas, "Falling Away With You" - música de Muse.
Tipo: Songfic
Gênero(s): Romane, Angst, Mary-Sue
Pairing(s): PMO/PFO
Classificação: PG
Avisos: Nenhum.
Disclaimer: Como é óbvio, os Muse não me pertencem nem nenhuma das suas canções. However, fan e tal, portanto...
Falling Away With You
Apenas mais uma de tantas discussões – ou pelo menos era isso que eu pensava, mal ela começou.
Aquelas palavras que sempre proferia e que certamente nos levariam a algo desastroso: “Não sei por que continuo aqui”. E eu, já automaticamente, respondia, “Pois, nem eu”. E era a partir destas simples e aparentemente inofensivas que o meu nosso mundo desabava.
E parecia que sempre assim fora, desde o início.
“I can’t remember when it was good…”
E a música começa a ocupar todos os cantos da minha cabeça.
“Moments of hapiness elude…”
Consome-me, de tal modo que já não sei o porquê desta situação.
“Maybe I just misunderstood.”
De qualquer maneira, esta afinal não era apenas mais uma de tantas discussões. Provavelmente, esta era a discussão.
Ela estava diferente. As palavras eram ásperas. Os seus olhos estavam inundados de raiva, dor e mágoa. A sua cara, outrora angelical (não sei ao certo quando, mas ela não pode ter sido sempre assim…!), deformava-se à medida que a discussão aquecia.
E o amor que dantes nos unia era o mesmo que agora nos separava.
“All of the love we left behind…”
E eu continuo sem perceber o que se passa. A música não sai. Quase que não consigo ouvir as palavras que ela agora grita, apenas um vago e frágil “tu e eu, antigamente…!”.
“Watching the flashbacks intertwine…”
Por mais que tente, por mais que me esforce, o tal “tu e eu, antigamente” não aparece. Será que existiu de todo?
“Memories I will never find.”
Uma lágrima escorre pela face dela. O que eu fiz foi assim tão mau?
Ela não me parecia a mesma, isso é certo, mas afinal de contas era ela. E eu amava-a.
“So I’ll love whatever you become…”
Aproximo-me dela, numa tentativa vã de a fazer sentir melhor, numa tentativa vã de partilhar a sua dor, tentando ser aquele que em tempos sei que fui.
“And forget the reckless things we’ve done…”
Toco-lhe na face; “não te quero magoar mais”, penso. Mas ela afasta-me bruscamente e acusa-me de nunca estar lá para ela quando é preciso.
A música continua na minha cabeça e não me deixa pensar claramente. Um tanto revoltado, digo-lhe que ainda somos novos e…
“I think our lives have just begun.”
“Eu acho que as nossas vidas ainda agora começaram”.
Ela ri-se sarcasticamente. Olha para mim. Outra lágrima.
Sem sentimento presente na sua voz débil, diz-me que a vida dela começou naquele preciso momento… longe de mim. Sai porta fora, deixando-me sozinho com a música no volume máximo.
“And I’ll feel my world crumbling…”
O meu mundo ruiu.
“I’ll feel my life crumbling…”
A minha vida ficou sem significado.
“I’ll feel my soul crumbling away and falling away…”
Fiquei desprovido de alma...
“Falling away with you.”
… a partir do momento em que ela saiu por aquela porta.
O Sol cedeu o seu lugar à Lua. As horas passaram e eu não me consegui mexer. O tempo parara. Não consigo dormir.
“Staying awake to chase a dream…”
Sabendo que ela tinha estado ali, à minha frente, horas atrás, e eu não aproveitei.
“Tasting the air you’re breathing in…”
Por que é que eu não lhe disse? Por que é que a deixei deixar-me? Por que é que não consigo esquecer o momento em que ela me virou as costas e se foi embora?
“I know I won’t forget a thing.”
Finalmente arranjo a coragem para me sentar no sofá. Os meus olhos vasculham a sala estranhamente vazia e poisam numa fotografia tirada há algum tempo, aquele tempo que eu sabia que tinha existido, mas não me lembrava. E ali estava eu e ela, um nós.
O dia do nosso casamento? Lembro-me vagamente de alguns votos…
“Promise to hold you close and pray…”
Meras palavras. Nada concreto. Haveria algo mais?
Os sentimentos, sim… Planos. Nós tínhamos planos. Eu sei que sim, talvez demasiados fantasiosos até… Mas agora não havia nada. Só a música.
“Watching the fantasies decay…”
E eu estava só. Diferente. Mudado.
“Nothing will ever stay the same.”
O que é que nos aconteceu? O que é que aconteceu ao nosso amor?
“All of the love we threw away…”
O que é que aconteceu às nossas esperanças?
“All of the hopes we cherised fade…”
O que é que me aconteceu? Nem sempre fui assim.
O que é que eu fiz? Nada me ocorre, a minha cabeça lateja e eu desespero.
Mas então penso optimisticamente, “amanhã é um novo dia”. E deixo tudo isto para trás. Convenço-me de que irei ficar bem.
“Making the same mistakes again.”
Convenço-me que irei ficar bem o suficiente para cometer os mesmos erros. Novamente. Contigo.
The End.
Primeira fic aqui postada
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