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 seis minutos (drabble)

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mitchie
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MensagemAssunto: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptyTer Jan 27, 2009 11:48 am

Título: Seis minutos
Fandom: Inspirada em factos reais
Tipo: Drabble
Gênero(s): Romance, Drama
Pairing(s): Pedro/Mariana
Classificação: PG
Sumário: O travo do alcóol em excesso e os efeitos secundários de uma ressaca irremediável, fizeram-no acordar todos os fantasmas que tinha enterrado no passado. Cresceu, avançou e arrependeu-se por isso. As memórias avassalam a sua cabeça como fortes ondas batendo rente às rochas. Se pudesse, teria voltado atrás.
Disclaimer: Nenhuma das personagens utilizadas aqui me pertence, mas apesar disso inspirei-me em casos reais para a escrever.


Primeiro Capítulo

Onze da manhã.
O meu corpo mantém-se preso à cama e a alma aguarda um mínimo impulso para se render ao movimento. Um deserto sinuoso aperta-me a garganta como se mil cordas a atassem. Detenho-me por instantes e aprecio o aspecto trágico desta manhã.
Sou cobarde, doente, imaturo, miserável; as pálpebras pesam-me tal e qual puxadas para baixo com toda a força. Sinto o cheiro da flanela quente debaixo do meu corpo, a acidez da minha boca plantada com o travo a álcool. Se fosse capaz de falar diria que pouco tempo mais aguentaria a dor aguda que se estende na minha cabeça. Desejaria, com toda a certeza, nunca ter saído de casa a meio da noite, e deixar-me vulnerar à figura de um adulto solitário sentado ao balcão de um bar, na companhia do mesmo copo, enchido vezes e vezes sem conta.

Levo as costas das mãos aos olhos para os esfregar e bruscamente, empurro o lençol de algodão das minhas pernas. Há quantos anos não me sentia assim?
Coloco os pés descalços sobre o chão, caminhando até à janela. Pelo menos (penso) vai ser um dia igual aos outros. Pelo menos tenho algo que me faça continuar.
Rodo o trinco de metal e sinto o vento fresco. O ar está húmido e gelado, não se encontra o sol, e as nuvens chuvosas que se aproximam deixam um terno odor a melancolia na rua quase deserta. A cidade move-se ao som de um Inverno já desperto e, com cuidado esconde os segredos das vidas que por ali se movem mecanicamente.

Relembram-me a minha história. Uma história rolada no tempo em que a droga e o álcool sujavam o sangue de meros jovens adolescentes, ao som de uma banda sonora exacerbadamente indie.
Fixo o olhar na rua e demoro-me em abandonar estas velhas imagens. O tom acastanhado das garrafas dá cor aos corpos pálidos nas fotografias de cada noite. Quase involuntariamente, a lua derrete-se por entre a paixão das nossas bocas. E num instante, num ultimo instante, toda a consciência que nos sobra é por completo desligada. As vozes aproximam-se e a cabeça pesa quase tanto como a água rente ao vidro – Pedro, não bebes mais hoje! – Sem saber porquê, o volume aumenta – Anda, já te disse para te levantares.
Eu estou bem!
Não, não estás. Eu levo-te a casa.


A cidade afunda-se entre a manhã sem sol, e a chuva pesada remonta pelas pedras da rua. Deixo correr o azul das cortinas do meu quarto, e saio, fechando a porta antes de mim. Agora perco-me. Não tenho outra hipótese se não pensar que jamais poderei transparecer um honesto sorriso de conquista, e que para sempre serei aquela criatura permanentemente nostálgica e isolada, que outrora fora realmente feliz.
Se pudesse, teria voltado atrás.

Avanço. Traço passos lentos na direcção da casa de banho e por momentos sinto os meus pés trespassarem o chão. Abro a porta. Os meus dedos mergulham dentro do líquido vertente pela torneira já aberta, e massajam todo o meu rosto, deixando-me o olhar preso o espelho.
É então que surges. Vejo-te vinda do fundo da rua, passeando solenemente com os olhos postos em mim e o cabelo encaracolado a escorrer pelos teus ombros descobertos. Sonho, mesmo sem dormir. Por curiosidade, deparas-te por instantes na minha frente. Deixas a tua presença radiante turvar os restantes corpos que te rodeiam nessa noite de verão, e fazes-me ouvir o doce tom do teu murmurar.
“Sou eu, Pedro”
És tu. A rapariga que em tempos me ateou o corpo por completo. Que me fez pensar que o universo tinha colocado a sua obra mais perfeita na terra só para me ver sorrir. Que me deixou encandeado com o calor do seu olhar inocente desde a primeira vez que nos conhecemos.
“Sim, sou eu mesma”
Olho-te dentro da paisagem que ladeia o teu sereno andar e sinto-me puxado de rompante junto a ti. As tuas faces redondas e rosadas, os olhos amendoados cor de mel, as roupas pintadas de mil cores, os lábios em forma de coração.
Não mudaste, nem um pouco.
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MensagemAssunto: Re: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptyQua Fev 04, 2009 1:11 pm

Adorei mesmo.
Está tão... simples mas ao mesmo tempo maravilhoso *.*

Espero por mais (:
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MensagemAssunto: Re: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptyQua Fev 11, 2009 3:54 pm

Segundo Capítulo

Deixo correr as pálpebras como meras persianas. O chão arrefece-me os pés mas não ao ponto de ser insuportável. Inspiro. Detenho-me, com o rosto frente ao espelho. Penso em ti. Penso nas tuas mãos e nos teus caracóis atados pelo gancho. Penso em nós e naquilo em que nos tornámos.
Estamos de novo sentados no nosso banco de madeira do jardim que nasce junto ao lago. O cheiro da relva fresca arrasta-se pelos nossos narizes e acompanha o som da guitarra guardada sobre a segurança do meu colo. Todos os dias, flores novas e folhas novas pintam os ramos das arvores e a força do vento varre discretamente a pureza da água, de como quando chegavas a tua voz de mel ao teu ouvido:
“Toca para mim, tocas?”
Eu toco, descansa.
Abro os olhos, e tu desapareces. No teu lugar mantém-se a imagem do meu desespero reflexo, de olhos vermelhos e ladeados por dois negros inchaços dignos de um prémio para o melhor grito de imoralidade do ano. Avanço. Penso em nós, e em como o deixamos de o ser.
Perco-me no meio do meu espírito imutável. Procuro achar-te na realidade nua e crua, mas não te volto a ver. Por momentos imagino que abalaras deste mundo. Que me deixaras só, com o coração feito em estilhaços e uma pilha de memórias sobrepostas como um baralho de cartas incompleto. Tal e qual como eu a ti te deixei.
Vivíamos num indistinguível desenrolar de cenas esboçadas de sonhos, olhares, palavras, gestos de desejo e gratidão tatuados nos sorrisos que irradiávamos. Fitavas-me encantada, delineavas-me o rosto, beijavas-me com o gosto do teu batom de morango, parece-me, e remexias engraçadamente nos meus caracóis semi-desfeitos. Julgávamo-nos sabedores de mil e uma coisas assim que nos achávamos sós e desventurados naquele universo paralelo que se unia à nossa volta. Eu aproximava-me, tu tocavas-me.
Beijavas-me o pescoço, iludias-me com a tua língua, enlaçavas as mãos nas minhas contra o frio do anel prateado que trazias no dedo. Nos últimos segundos tínhamos um vislumbre dos nossos corpos eternamente corados. Éramos apenas dois amantes adolescentes sem tempo, sem lugar, sem história, olhando-se pelos meros seis minutos que fossem e deixando toda a beleza da tarde desmontar-se à sua volta. Então, deitavas-te no meu colo, com os cabelos estendidos sobre o cimo das minhas pernas e dizias-me que podias passar a vida inteira ali comigo, com o meu cheiro cravado no teu corpo e o meu sorriso a guiar-te para não te sentires sozinha. Assim te recordo, e para sempre assim o farei.

Enxugo o suor da testa. Nunca me distingui como um homem de coragem. Talvez tenha sido isso que me levou a seguir sempre os caminhos mais fáceis durante a vida. Resignei de nós num rude acto de cobardia, sem palavras, sem lágrimas, sem um simples beijo de despedida. Mas estava persuadido que as nossas vidas jamais durariam eternamente e que mais tarde ou mais cedo, o meu receio acabaria por destruir peça a peça, tudo aquilo que havíamos construído até então.
Não era apenas um encanto passageiro, ou um fascínio meramente platónico; Era real, único, sólido. Decididamente, mais que uma qualquer paixão adolescente.

Coloco a toalha novamente no varão preso ao azulejo.
Ainda te revejo junto a mim.
Revejo-me a despedir-me à tua porta, de mochila às costas e os ténis rastejando sobre o tapete da entrada, enquanto ganho coragem para mexer os lábios. Revejo as minhas mãos tremerem e os meus olhos lacrimejarem levemente.
E tu estás lá.
Estás na minha frente com a tua usual expressão de carinho e arregalas os olhos na esperança que comece a falar.
“Não consigo, Mariana!”, gaguejo amedrontadamente com a voz mais seca que me resta. “Tenho de ir. Desculpa.”
E então, apagas-te. Não choras, não me abraças, não suplicas, não gritas por mim. Deixas-me de pés assentes no chão num mundo sem chão, onde já não existes. Sei que ainda te lembras, mas não sei onde estás. Sei que me escreves, mês após mês, e mês após mês, sei que te ignoro.
Guardo todas as tuas cartas dentro de brancos envelopes com o teu nome escrito. Não as li, não as queimei, nem sequer me honrei a deitá-las no lixo. Tenho as trancadas na gaveta do meu quarto na esperança por serem abertas.
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MensagemAssunto: Re: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptySeg Abr 06, 2009 10:23 am

Terceiro Capítulo

Acudo mais uma vez a boca seca com água.
Os meus pés arrastam-se em direcção ao quarto e na minha mala, busco o maço já praticamente vazio. Aperto o botão das calças de ganga, mesmo depois de colocar a primeira blusa que me surge à vista e, sem medos, pego na chave pronto para abrir a gaveta que tanto me espera.
Coragem. Coisa tão nova e cheia de espírito que decide em visitar-me pela primeira vez.
Rodo a chave a puxo a maçaneta. Vejo centenas de dias teus pousados na saudade de poderes ouvir o meu nome. As minhas mãos, pairadas no ar, correm até aos blocos de papéis e amassam-nos sobre a cama onde me sento. Puxo um cigarro de dentro do maço e prendo-o entre os meus lábios finos.
Sei que ainda te lembras, e sei que mereces ser lembrada.
À medida que vou deixando os álbuns de memórias sugarem-me os pequenos grãos de consciência que ainda me restam, rolo com raiva, a pedra do isqueiro rente à ponta do cigarro e, a tremer, atrevo-me a desfolhar a primeira carta.

Hoje sonhei contigo.” - Comecei

Tinhas novamente dezassete anos, e eu dezasseis, e a areia da praia desfolhava por entre os nossos dedos dos pés. Sonhei que trazias de novo o teu ilustre sorriso junto a mim. O clarão das estrelas tinha tingido o oceano de prateado e o som das gaivotas sobrevoava à nossa volta. Era tudo tão puro, tão simples, tão mais fácil. Demasiado mágico para se poder até acreditar, diria eu.
E num instante, tudo isto se passa na nossa última noite. Os teus dedos entrelaçam os meus como nós do cabelo escondido por debaixo do teu chapéu. Manténs o olhar detido no calor do solo e finges-te admirado no tom dos nossos passos sobre a areia. Como se estivesses prestes a saltar para à água, fechas os olhos e respiras fundo aparentado adiar o choque da temperatura no teu corpo.
- Danças comigo? – Assentas com a voz baixa e os olhos vidrados em mim. Durante um interminável momento, as minhas mãos tomam as tuas, desejosas de promessas e palavras proibidas. Os sorrisos declaram sinais de uma amizade cravada em milhões de segredos inacessíveis a quem assiste do lado de fora. Ninguém entende, ninguém atinge, ninguém inveja.
Coloco o teu braço em volta das minhas costas e deixo o meu envolver-te o pescoço.
- Danço. – Diz a minha voz liberta sem qualquer tipo de propósito. No momento a seguir, o teu pé faz recuar o meu. Pousas a palma da minha mão na tua e, graciosamente, fazes esticar o meu braço até ao nível dos nossos rostos.
A tua postura torna-se terna. Não existe uma banda, uma orquestra, ou mesmo uma singela guitarra acústica que nos acompanhe os movimentos. A areia é o nosso chão de baile, e as estrelas, os candeeiros que decoram o tecto do salão para todos os bailarinos imaginários que remoinham à nossa volta.
De repente, somos nós o centro da sala; dois tolos dançarinos sem música, rodopiando descoordenadamente de olhares fixos um no outro.
Segundos passam que parecem minutos, minutos passam que parecem horas. Os teus pés movem-se engraçadamente como se pastilha elástica se te tivesse colado aos sapatos, e os meus tentam acompanhá-los a todo o custo.
Dançamos intuídos na nossa própria sintonia, aparentando dominar a cumplicidade e a precisão de um casal que o fizesse desde sempre.
Por impulso e sem qualquer aviso prévio, decides pausar os movimentos. Baixas as minhas mãos entre os nossos corpos e levas-me o indicador ao queixo, fazendo-me erguer o rosto.
O teu sorriso dissolve-se. Mesmo antes de inclinares a cabeça na minha direcção, sinto-me a ser transportada para um mundo remoto só de imaginar o teu próximo passo.
É sempre a minha parte favorita. O instante em que os rostos de aproximam e ambos os lábios anseiam por se unirem sem porquês, mesmo antes do devido beijo tão aguardado.
Tal e qual o rufar dos tambores.

Foi uma sexta-feira de noite. Tinhas vestido aquele teu pólo azul riscado de que eu tanto gostava. O teu cabelo cheirava ao sal da água do mar e as tuas mãos estavam mais macias do que nunca. Àquelas horas eu já devia ter chegado a casa. Tu disseste que me levavas e que querias estar outra vez comigo no dia seguinte.
Depois inclinaste-te. Deixaste-me por a mão no teu peito, e beijaste-me.
Foi suave, rápido. Mais ou menos como se de um hábito se tratasse. Tu sabes, como se o fizéssemos todos os dias, para o resto das nossas vidas.
Voltaste a enlear a mão na minha e, juntos caminhámos pela areia da praia.
Foi a ultima vez que nos beijámos.
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MensagemAssunto: Re: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptySeg Abr 06, 2009 10:26 am

Quarto Capítulo

Toda a gente nasce com o seu talento especial para alguma coisa. O teu sempre foi a escrita. Dia após dia, lembro-me bem como pegavas na caneta e fazias florescer o teu próprio mundo preso às folhas pautadas onde escrevias. Recolhias pormenor a pormenor, desfolhavas cuidadosamente o dicionário, apontavas centenas de metáforas e palavras bonitas para dar cor àquilo que já por si podia ser considerado como cópia das maiores maravilhas do mundo. E para além de mim, só esse teu caderno de capa verde te deixava proferir todo o teu valor e confiança em segredo. Ninguém sabia descrever a realidade melhor do que tu.

Nem sei por onde começar.
Tentei muitas vezes escrever-te, mas sempre que pego na caneta as palavras tendem a trair-me. Sinto que já não te conheço. Tenho milhões de coisas para te dizer, mas tu pareces não querer ouvir. Estás noutro cenário qualquer, que não o nosso. Aposto que já esqueceste todas as promessas que fizeste quando estavas comigo.
Desapareceste. Lenta e dolorosamente. Já não te importas, já não queres saber.
Vejo-te dentro de mim, mas não do lado de fora. Agora sim, sei o que é ter medo.
Há muito tempo que as lágrimas me lavaram o sorriso que tão bem conhecias. O meu coração foi-te entregue mesmo antes de partires.
Eu podia proferir que a vida não faz mais sentido. Largar todos os sonhos, os prazeres da vida, o sabor do amor e do ódio, o turbilhão de emoções que me dispus a sentir quando ainda era adolescente. Podia amachucar tudo o que vivi e jogar fora como o rascunho de um poema mal escrito. De um desabafo. De uma página de diário. De uma carta de amor inacabada, como aquelas que te tenho escrito sem resposta.
Olha para nós Pedro, e olha para àquilo em que nos tornámos. Reflecte bem no quanto éramos felizes. No quanto agradecíamos, no quanto partilhávamos, no quanto sentíamos. Por favor. Pensa em nós, pensa nos momentos que transpusemos juntos. Não desistas. Não me deixes na loucura de não te poder tocar, não te poder ter, não poder sentir o teu cheiro na minha almofada das vezes em que, em segredo, abandonavas a minha cama pela manhã.
Peço-te, acima de tudo.
Não esqueças.


Eu não esqueço.

Leio e releio cada palavra tua com a mão junto ao peito para aliviar a dor que sentia ao prender as lágrimas que teimavam em sair. À medida que os meus olhos cospem o mais puro dos arrependimentos, os papeis na minha mão, vão sendo ensopados por completo pela água que me escorre pela cara. E no entretanto, já nada mais me interessa. Não me interessa o tempo, a chuva a bater na janela, ou mesmo as saudades que me fazem chorar desalmadamente. Não me interessa sequer a tua letra esborratada, porque naquele momento, eu consigo decifrar aquilo que mais queria ouvir de ti:

(…) Eu Amo-te Pedro.”

Apago o último cigarro antes de arrumar as folhas por ti escritas e respondo baixinho com medo que as próprias paredes me ouvissem:
“E eu a ti, Mariana. E eu a ti.”


Última edição por mitchie em Ter Ago 11, 2009 10:48 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: seis minutos (drabble)   seis minutos (drabble) EmptySáb Jul 11, 2009 11:41 am

Gostava tanto que continuasses esta fic ... Está realmente bonita
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