' game over (one shot.)

Um texto já antigo e pequenino, que eu tinha para aqui.
Não gosto muito dele, mas também últimamente não tenho escrito nada, era dos poucos que ainda se aproveitavam minimamente.
E hm, não foi escrito baseado em factos verídicos ou whatever, só para que conste. (é sempre a sensação que me dá quando escrevo ou leio textos narrados na primeira pessoa, mesmo quando sei que não se baseiam em nada.)

De repente foi como se uma tempestade tivesse tomado conta de mim. Os meus olhos não viam mais nada além de dias cinzentos. Tudo tinha perdido a sua graça e os dias haviam-se tornado vazios, frios e sem rasto de cor.
O vento já não soprava de uma maneira sussurrante, como se estivesse a confiar a alguém um segredo seu. Fazia-o agora de uma forma violenta, como se algo o perturbasse. O sol havia desaparecido por entre nuvens cinzentas que mais tarde iriam trazer fortes chuvas.
E a névoa, essa não me deixava ver nada mais para além da sua silhueta ao longe e com formas pouco definidas, a qual se encontrava acompanhada de mais alguém. Um corpo feminino a avaliar pelas formas curvilíneas, embora as mesmas fossem pouco nítidas.
Conseguia imaginar o sorriso na cara dela transbordando felicidade, enquanto que o rosto dele para mim continuava indecifrável como sempre. Nunca soube realmente o que lhe passava pela cabeça quando costumávamos conversar. O que quer que dissesse não passava de um jogo de palavras o qual eu não conseguia achar maneira de resolver. E isto para não falar do olhar enigmático com que sempre me fitava.
Calculo que isto não tenha passado de apenas um jogo para ele, um passatempo sem importância.
A sorte não esteve do meu lado dessa vez e eu falhei redondamente ao lançar os dados na última jogada.
À medida que as silhuetas se iam tornando mais nítidas um turbilhão de emoções começava a alastrar-se pelo meu corpo. A raiva contida começava com pequenos trovões que se tornavam gradualmente estrondosos no auge da fúria. A chuva cada vez era mais intensa, e eu deixava que a mesma deslizasse graciosamente pelo meu rosto pálido.
Baixei o olhar num acto de cobardia e insegurança quando soube que ele se estava a aproximar. Não tinha coragem de o encarar e voltar a cumprimentá-lo com um sorriso como se nada tivesse acontecido. Mas mais importante que isso, não queria estragar a felicidade deles, mesmo que isso fosse o meu desejo mais íntimo. “Felicidade, se é que ela alguma vez existiu entre aqueles dois.” Talvez essa fosse uma mentira na qual eu gostasse de acreditar, embora me prejudicasse ao alimentar falsas esperanças de que um dia as coisas poderiam voltar a ser como antigamente.
Eu sabia que aquele tempo não iria voltar, por mais que eu o ansiasse. Contudo, ver o seu sorriso mesmo que este não me fosse dirigido já me deixava, de certo modo, minimamente feliz. Nem que fosse pelas memórias que me ocorriam, de que um dia aquele sorriso já havia sido para mim.
Mas porquê ao fim deste tempo todo? Porquê saber só agora, quando já não vale a pena? Porquê deixares-me a pensar que talvez pudesse não ter sido em vão se ao menos algum de nós tivesse dado o primeiro passo?
Mais uma vez deixei que me ultrapassasses e perdi nesse teu jogo. Valerá a pena continuar?

mery. escreveu:

Tens de fazer uma one shot mais longa baseada nisto okzz.

Concordo plenamente!! Gostei muito!

Peter_Inc escreveu:

mery. escreveu:

Tens de fazer uma one shot mais longa baseada nisto okzz.

Concordo plenamente!! Gostei muito!

concordo, concordo!

Eu concordo com todos!
E quero ler mais coisas tuas ^^


E, btw, vou postar a minha fic de vampiros quando chegar a portugal ^^

Tem tanto ritmo, gostei mesmo muito!

gostei mesmo :3
quero ver mais coisinhas tuas