Título: I need you to love me
Fandom: Tokio Hotel
Tipo: One shot
Gênero(s):Romance, Slash
Pairing(s): Bill/Tom
Classificação:PG-13
Avisos: -
Sumário: -
Disclaimer: Como é obvio o Tom e o Bill Kaulitz não me pertencem... Porque se pertencem tenho grandes duvidas de que o meu tempo fosse ocupado pela escrita
Hope you enjoy!
I need you to love me
A pouca luz que a lua nova dava, iluminava relutantemente o rosto inexpressivo de Bill. Estava deitado na mesma posição à mais de duas horas, altura em que chegara ao quarto. Com as mãos atrás da cabeça e com o olhar perdido naquele fundo negro coberto de estrelas brilhantes, enquadrado pelo caixilho da janela.
Os intermitentes dígitos do despertador, demonstravam o desleixo de que era alvo, devido aos quatro longos meses, de Bill, longe de casa . Haviam chegado nessa noite, da tour, estavam finalmente em casa. Mas ao contrario dos seus colegas, dos seus pais e… do seu irmão, ele não estava feliz. Pois para ele, regressar a casa, significava um quarto separado do Tom, uma cama longe, uma noite sem a adormecer ao som da respiração do irmão. Em todos o hotéis, no autocarro, sempre adormecera com a suave respiração de Tom, enquanto estudava dedicadamente os traços tão parecidos e tão diferentes dos seus. Soltou um sorriso carregado pela saudade, e deslocou sem esperança o olhar até ao relógio no seu pulso esquerdo, assim que viu as horas que os dois ponteiros marcavam, saiu de um salto da sua posição e atravessou rapidamente o quarto. Abriu a porta do quarto com um sorriso sincero e rejubilante no rosto, e prendeu o seu olhar na porta branca que o encarava de frente. Apenas com a porta entreaberta admirava a luz que iluminava o pequeno corredor, e respirando profundamente abriu o resto da porta. A medida que avançava até a porta o sorriso rejubilante deu lugar a um inseguro e nervoso.
“Está tudo a dormir, respira” mentalizava-se em silêncio, a medo ergueu a mão direita até às pontas dos seus dedos tocarem na pequena maçaneta. Soltando todo o ar que mantinha nos pulmões girou-a… inspirando novamente empurrou lentamente a porta. Apenas um pouco para conseguir espreitar, para conseguir admirar todos os aqueles traços dos quais sentia necessidade. A luz da lua mantinha o rosto de Tom nas sombras, Bill frustrado abriu o resto da porta e entrou no quarto com cuidado para não tropeçar nos muitos chapéus que já cobriam o chão, assim como toda a roupa que ele tinha vestido durante o dia. Susteve a respiração ao finalmente notar que o irmão estava de boxers e completamente destapado, num impulso voltou-se de costas e caminhou até à porta para a fechar enquanto recuperava com esforço a respiração. Sentiu o seu rosto escaldar, imaginou da cor que a sua face não estaria e deixou escapar uma gargalhada sumida e frustrada, ele começava a assustar-se a ele próprio. Voltou a inspirar profundamente e voltou-se de novo para a cama onde Tom dormia completamente atravessado. De novo um doce sorriso assomou aos seus lábios, ele ficava tão sereno e doce quando dormia profundamente, com passos tímidos aproximou-se da cama e sentando-se na beira da mesma ficou em silêncio a observar o descer e subir ritmado do peito do irmão mais velho. Sabia que o seu corpo franzido e magro nada tinha a ver com os ombro largos e com os abdominais que marcavam o tronco do irmão. Acompanhado pelo suave respirar do irmão o sorriso de Bill rasgou-se mais um pouco, enquanto se perdia com um olhar sonhador nas estrelas que lhe pareciam muito mais brilhantes do que à apenas alguns momento atrás. Suspirou e recordou a primeira vez que a respiração do irmão o ajudara a relaxar e adormecer.
Fora logo no primeiro dia, no primeiro hotel, os nervos corroíam-no antes do primeiro concerto, revirava-se na cama sem conseguir fechar os olhos, até começar a prestar atenção aquele suave respirar que o levou a relaxar e adormecer, apenas mais tarde começou também a observar os traços do irmão. Mas agora a tour acabara.
Voltou de novo o olhar para o irmão com medo que este fosse apenas uma ilusão, deixou escapar um sorriso de alivio, ao vê-lo ali, a escassos centímetro de distância, sabia que bastaria mexer a sua mão para conseguir tocar nos dedos fortes e calejados de Tom. Sempre invejara aquelas mãos fortes de quem tocava e amava viola, aquelas mãos que passariam pelas cordas até sangrar. Com a ponta do seu dedo indicador percorreu o contorno da mão de Tom, enquanto observava deliciado os dedos e com o olhar firmava na sua memoria todos os pormenores do resto do corpo do irmão. Voltando a olhar para o rosto, soltou um sentido sorriso de diversão ao constactar que mais uma vez Tom apanhara as rastas no alto da cabeça, instintivamente passou os seus finos e longos dedos pelos seus cabelos pretos.
Apesar de serem tão diferentes como eram, Bill sabia que se completariam para sempre. Com as saudades já a apertarem o seu coração ergueu-se da cama, sempre com o olhar preso na face do irmão. Inclinou-se suavemente e puxou com carinho o edredão para cobrir o corpo despido de Tom. Relanceando o olhar de novo para o rosto do irmão, prendeu o olhar nos torneados lábios do irmão, que o hipnotizavam, deixando-o em transe. Naquele momento apenas lhe interessava descobrir a sensação dos lábios de encontro aos seus, levando-o a aproximar cada vez mais o seu rosto. Não conseguia desviar os seus olhos castanhos dos doces lábios de Tom, e cada vez aproximava mais os seus próprios lábios. Sentia a respiração quente de Tom a embater suavemente no seu rosto e sentiu de novo o seu rosto tornar-se escarlate. O seu coração embatia violentamente contra o seu peito, cada vez que os centímetros se encurtavam, 3 centímetros… 2 centímetro… 1 centímetros… quando o sabor do lábio do irmão se estava prestes a fazer sentir, o seu coração saltava parecendo querer rebentar com a sua caixa torácica…
“É agora” pensou, chegando-se finalmente para a frente, mas de um momento para o outro… Tom rolou para o outro lado da cama. Bill saltou para trás, tendo como certeza que o seu coração falhara pelo menos duas batidas, por momentos convencera-se que iria finalmente sentir os lábios, que tanto desejava contra os seus. Recuperando a respiração que lhe fora roubada pelo movimento brusco do irmão, voltou silenciosamente para o seu quarto e fechando a porta encostou-se à mesma e deixou-se escorregar, enterrando as mãos nos cabelos negros.
“Foi por pouco, muito pouco!”
Do outro lado do corredor Tom repreendia-se mentalmente enquanto observava o luar inexistente da lua nova.