Título: Sister Anne
Fandom: blink 182
Tipo: one-shot
Gênero(s): romance, humour (sort-off xD), slash
Pairing(s): tom/mark
Classificação: PG-13
Avisos: nenhum.
Sumário: Ao longo de toda a sua vida, a orientação sexual de Mark Hoppus foi questionada várias vezes, mas
sempre pela mesma pessoa: Anne Hoppus, a sua ‘querida’ irmã.
Disclaimer: os blink 182 não me pertencem like woah. e as quotes da biografia deles também não, mas a tradução livre foi feita por moi. ah e esta fic é baseada em factos reais, todos retirados do MANIFESTO TOM/MARK que podem encontrar AQUI. so yeah, enjoy!
Sister Anne
Ao longo de toda a sua vida, a orientação sexual de Mark Hoppus foi questionada várias vezes, mas
sempre pela mesma pessoa: Anne Hoppus, a sua ‘querida’ irmã.
Ele devia ter desconfiado logo à primeira que alguma coisa não estava bem e que a desconfiança dela ainda lhe ia trazer problemas, mas o que era uma pergunta inocente face à certeza absoluta e irrefutável que ele tinha? ‘Eu gosto de gajas!’ ele dizia para si mesmo e era mesmo verdade, não fosse ele ter casado com uma.
Mas, como um filósofo qualquer disse, não existem verdades absolutas. E ele devia
mesmo ter prestado mais atenção nas aulas de filosofia... Provavelmente ia-lhe poupar muitas dores de cabeça.
A primeira vez foi quando a Anne chegou a casa com um rapazinho de cabelos castanhos e com um sorriso tão adorável que era impossível não gostar dele.
“Este é o Tom. Tom, este é o meu irmão mais velho, Mark.”
Tom. Aquele nome ficou-lhe na cabeça para o resto da vida, como o bater infindável de um tambor,
tom, tom, tom...
Quando deu por si, já estava ele a fazer a primeira estupidez que lhe veio à cabeça só para que o
Tom visse o quão fixe e corajoso ele era. Sendo que essa coisa foi subir a um poste de electricidade. Tudo muito bem, tudo muito bonito, mas e agora descer? Ok Mark, tem calma, nada de mal te pode acontecer...
A não ser partir um tornozelo.
Escusado será dizer que depois do pânico, a Anne se partiu a rir na cara dele, ao contrário do Tom que o ia visitar a casa todos os dias e parecia genuinamente preocupado. Onde é que já se viu, a sua própria irmã, tratando-o de uma forma tão negligente!
Mas além do Tom e de tudo o que o Tom lhe tinha dito e de tudo o que o Tom tinha feito – e talvez da dor no tornozelo ao cair com ele apontadinho para o chão – Mark lembrava-se de pouco mais do dia do acidente. Mas uma coisa ficou, uma coisa que a irmã lhe tinha dito aos gritos enquanto lhe dava uma bronca monumental por ter subido ao poste só para se exibir.
“És gay ou quê?!”
- - -
A segunda vez foi logo depois de ele ter acabado com uma rapariga por causa da banda.
Ok, não foi ele que acabou com ela, especificamente. Ela apenas se limitou a fazer-lhe um ultimato: ou ela ou a banda. E havia alguma escolha aí? É claro que não. A banda era muito mais importante e, além disso, o Tom
matava-o ou pior, nunca mais lhe falava se ele sequer pensasse em tal coisa. Sim, no final foi a decisão mais acertada que ele alguma vez tomou na história das decisões tomadas por Mark Hoppus no que toca a raparigas.
A Anne ficou fula quando soube do caso, estava pronta para ir a casa da rapariga e arrancar-lhe a cabeça do pescoço à dentada. Fartou-se de gritar pela casa, de dizer asneiras, de pôr todos os familiares a par do caso para desespero do irmão, mas diga-se de passagem que a meio daquela gritaria toda já ele se tinha desligado da conversa. A única coisa que ainda hoje não lhe saiu da cabeça foi dita para o telefone onde a melhor amiga dela a ouvia a reclamar.
“Ciúmes? Pah, eu até podia dizer que ela não tem razão para ter ciúmes dele, mas a verdade é que tem e não é pouco. Eles podem ser só amigos, mas eu preferia que eles vivessem juntos em San Francisco numa casa cor de rosa com uma bandeira gay à porta do que ver o meu Mark com aquela puta. Back off, bitch! Back off!”
Pode-se dizer que depois disso, foi um bocadinho impossível ignorar aquela parte do cérebro dele que teimava em imaginá-lo a viver com o Tom, mesmo que nunca numa casa cor-de-rosa com uma bandeira à porta. Porque isso seria muito... gay, não?
- - -
A terceira vez foi quando ela quase o apanhou a beijar o Tom atrás da camioneta da tour que ela tinha insistido em fazer com eles.
A conversa foi constrangedora e nunca lhe custou tanto mentir à própria irmã.
- - -
A terceira, a quarta, a quinta... e mais umas quantas que ele nem queria mencionar que era para não se enervar, foram todas escritas sorrateiramente na biografia da banda, assinada por quem? Nem mais nem menos, Anne Hoppus, a própria.
Com pérolas como:
"Eu posso bem ter sido uma das poucas pessoas que teve a oportunidade de testemunhar amor à primeira vista. Não há mesmo outra forma de o descrever."O clássico:
"O Mark e o Tom foram feitos um para o outro."Ou até a célebre:
"E talvez levar a relação deles para o próximo nível, para finalmente se tornarem mais que amigos... Os sentimentos estavam lá, era tudo tão confuso..."Escusado seria dizer que foi muito difícil para ele não ir de imediato à casa da irmã para lhe dar um sermão de caixão à cova, mas a verdade é que ela não tinha dito mentira nenhuma. A verdade é que ela era a pessoa que sabia mais e melhor o quanto ele e o Tom sentiam um pelo outro. Desde aquele primeiro encontro, passando pelos dias de sonho em que só eles existiam, até ao final desastroso que iria acabar por separar não só a banda, mas também duas pessoas que se amavam, Anne fora a única que tinha percebido tudo, mas que nunca tinha dito nada.
Quando voltou a ler o livro, Mark percebeu que quem merecia um sermão e um pontapé no meio das pernas era ele.
- - -
A última vez ainda o havia de deixar com um sorriso parvo na cara durante muito tempo.
Anos passaram desde a separação da banda e ali estavam eles, divorciados, reconciliados e de filhos quase criados, prontos para trazer de volta os Blink 182. O Travis ainda não tinha chegado, mas a Anne estava tão entusiasmada com a ideia que não os largou durante dias, passando várias horas com eles no estúdio. E por muito saturado que estivesse de ver a irmã todo o santo dia a matar saudades dos outros dois membros da banda, Mark tinha que admitir que era uma dádiva tê-la ali. A ideia de ficar sozinho com o Tom num espaço fechado e isolado assustava-o mais do que o que ele queria admitir.
E assustava-o, porque ele sabia que o inevitável iria acabar por acontecer, sendo esse inevitável ele e o Tom a devorarem-se, literalmente, em cima da mesa de som.
E com a sorte dele, a Anne teve que entrar pela sala adentro sem avisar, exactamente naquele momento
e com o Travis atrás dela.
“Err... então sempre és gay, ou vais continuar a negar?”
“Gay?” Tom falou por ele, agarrando-o pela cintura como já tinha feito tantas vezes, mas dessa vez com todo o sentimento que havia reprimido durante anos. “Nah. Nós somos é feitos um para o outro.”
FIM